quinta-feira, 10 de abril de 2014

PS4 is the Second Son !


Depois de muita tensão, PS4 esgotado em todos os lugares no USA, finalmente consegui comprar o meu! Tive que encomendá-lo com um controle extra pra conseguir comprar, mas não me arrependo já que a bateria do controle acaba muito rapidamente. Mas fazendo um pequeno parênteses sobre o novo hardwere, devo dizer que fiquei bem impressionado com o quão fina é a caixa e quão belo ele é. Realmente parece uma peça de arte na sua sala. Quanto ao softwere, a “XMB” mais especificamente, me desapontou um pouco. Tudo é diferente de como era no PS3, mas já estou me acostumando. No mais a velocidade de transição entre aplicativos, jogos, XMB e PSN está bem mais optimizada que no PS3. Como eu já esperava, não tem muito o que jogar além do meu querido e esperado Infamous!

                     (Impressão minha ou o cara do "Paper Trail" é uma referência direta ao Origami Killer?)

Como um ranzinza reclamão que sou já, já vou começar as reclamações, mas antes vamos tirar do caminho o que tem de BOM no jogo. Eu jogo videogames, não pelo gráfico, mas pelo gameplay (e também pela história). O gameplay de Second Son é algo do que não tenho quase nada pra reclamar! O jogo é DELICIOSO de se jogar! Os poderes são muito bem realizados e só o “traversing” do jogo já vale. Esse sempre foi um dos fortes de Infamous, mas no Second Son eles se superaram. Só jogando realmente pra perceber que o jogo realmente vale a pena, mesmo com o fato do gameplay ser a única coisa que se salvou.


Em defesa do estúdio, o jogo pareceu terminado as pressas, ele ficou bem acabadinho, bem fechadinho, mas certos elementos até na história deixam claro como as coisas foram apressadas conforme o jogo vai chegando no fim. Pra começar o jogo é curto. Comparado mesmo com os outros Infamous esse tem 21 missões, praticamente metade das 40 que tinham ambos antecessores! Isso só se falando de missões principais, sem falar nas incontáveis, e muitas vezes desnecessárias, side missions e no incrível modo de criação de missões pelos jogadores! Ou seja, em termo do que fazer, o jogo realmente oferece muito menos coisas a se fazer. Agravado pelo fato do jogo praticamente não ter side missions! É só a história principal. Apesar de grande parte das coisinhas que tem pra se fazer no mundo retornarem, como os músicos pra espancar e a polícia, elas continuam desinteressantes. E o mundo não parece vivo. Há muito espaço “vazio” e com um sistema de traversal tão bom, o cenário parece pequeno.


Influenciado ou influenciando diretamente a quantidade de missões, está a história do jogo, que é de longe a mais fraca! Chega a ser até ignorável. Você pode desfrutar do jogo sem ligar pra história. Taí um jogo que eu realmente gostaria que desse pra pular as cutscenes iniciais que parecem tão longas junto com as partes tutoriais. Mas engraçado que, pra mim, se juntar todas as cutscenes não deve dar mais que um dia de gravação(num set de filmagem regular, se fosse filme). Então fico ressabiado de acreditar que tenha se levado tanto tempo com a gravação de tão pouco conteúdo (Eles devem já ter gravado coisas pros DLCs). Os personagens não são muito carismáticos, e a história é superficial o suficiente pra você não ligar e não se chatear, querendo saber mais da história desses personagens. Na verdade você só quer novos poderes pra brincar! O que é chato de se pensar, considerando que eu curtia bastante a história e alguns personagens dos jogos anteriores.


A captura de atuação não impressiona, os gráficos não impressionam. Ainda mais que joguei Second Son logo depois de ter re-jogado The Last of Us. Eu sei, um é um jogo de ambientes bem fechados, bem escriptado de um estúdio de excelência que já tinha grande experiência com o hardwere, feito com calma e no final da geração utilizando todo o “poder” do PS3. O outro é um jogo de mundo aberto de um estúdio que vem se firmando, feito apressadamente pro lançamento de um novo hardwere com o qual todos ainda estão pouco familiarizados. Arrisco dizer que com poucos downgrades gráficos esse jogo seria possível no PS3. Tá bom alguns efeitos visuais impressionam como a senhorinha índia enrrugadinha e os efeitos de Neon, principalmente o "golpe especial". Nunca mais vou julgar a Jubileu inútil. 

        (Pena eles terem desistido desse design. Cabelos compridos soltos ainda são um problema pro PS4)

Entrando um pouco agora nas reclamações quanto ao gameplay. Uma coisa que eles fizeram foi simplificar as coisas, você pega mais poderes diferentes, mas cada um tem basicamente 3 tiros apenas e sempre o tiro normal, o tiro forte e a granada. As vezes a granada era substituída por um poder realmente diferente, o que é ótimo pra dar uma mudada no ritmo do jogo e abordar o combate de formas diferentes. Mas são poucas. O jogo sempre me deixou querendo mais... tipo, “ok, qual será a próxima habilidade de Neon? será que vai ter algum tiro multiplo com lock-on? ou talvez um flashbang que atordoe os inimigos? Ou lazer stream contínuo, tipo o que a Fetch faz? Ou tipo um radious blast, tipo a Fetch faz?” Mas na verdade não tem mais nada. Fica só naquilo. Infamous é oficialmente o jogo que te deixa com vontade de ter poderes iguais aos dos NPCs mas você nunca os ganha! Acabei de pensar em mais um! Virar um Anjão/Demonião, tipo o Eugene(a lá Devil Triggerzisse de DMC). 


Enfim, é um jogo que tem um gameplay muito bom, mas te deixa querendo sempre MAIS! E é muito triste isso deles terem reduzido a quantidade de habilidades por cada poder. Disseram em entrevista que tinha ficando muito complexo no Infamous 2. Eu discordo! Complexidade é o que deixa o jogo bom pra quem gosta, mas claro eles optaram pela simplicidade que torna o jogo acessível ao “jogador mediano”. Falta variedade, não só de poderes, mas de coisas a fazer e de inimigos diferentes pra derrotar. As duas primeiras lutas de chefe praticamente não contam, valendo mesmo só as 2 últimas. A do Eugene pra mim foi a melhor, apesar de ser uma luta de chefe clássica de videogame. O que da um toque de mestre na coisa.


E apesar de só ter praticamente reclamado aqui, ainda assim recomando Second Son. Apesar dos pesares, o gameplay compensa tudo. Estarei na expectativa de DLCs com novos inimigos e novos poderes!



(E o Cole’s Legacy!? Foi uma piada de mal gosto. ficam de mistérinho, não revelam nada de útil, nada que não pudesse ser presumido. As missões são rápidas e sem inspiração. Mas ao menos vale a jaqueta do Cole, que é a única que eu uso! Por que coletinho com casaquinho por baixo e “BÓTTONS” na jaqueta NÃO DÁ! Sério quem usa “bóttons”? Eu já tinha noção de que isso era brega e caido quando eu era criança e nos anos 90!)

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