domingo, 5 de março de 2017

Horizon: zero dawn




Horizon: zero dawn é um bom jogo. Mas é isso, não é um grande jogo, nem um jogo medíocre, está acima da média, mas definitivamente não está no nível dos grandes títulos exclusivos dessa geração. O que o jogo tem de bom? É um sólido jogo de ação e tiro em terceira pessoa com um cenário inspirado e único, que chamaram de pós pós apocalíptico. Mas eu prefiro chamar de paraíso dos robôs dinossauro! Suas mecânicas sólidas, porém não super polidas, servem de base pra um combate com grande variedade de inimigos. Definitivamente poucos jogos de tiro exploram a questão da fisiologia dos inimigos, com ação e reação de diferentes efeitos pra ataques em diferentes partes do corpo. Isso é muito bem explorado considerando o tamanho, a variedade e a complexidade dos inimigos robôs. Designes muito interessantes, e normalmente num jogo desse tipo esperaria encontrar meia dúzia, sendo realista, ou no máximo uma dúzia de inimigos diferentes sendo otimista. Mas aqui temos 26 tipos diferentes de inimigos! Considerando que o jogo gira em torno disso é um número mais do que satisfatório, pra compensar todos os outros problemas do jogo.


  E não são poucos. O jogo poderia ser comparado ao Tomb Raider em sua base e estrutura, porém não é categorizado como um jogo de ação, mas sim como um RPG. O jogo tem tantos elementos de crafting, gathering, upgrading quanto o tomb raider. No entanto a ação, animação e gráficos do tomb raider são bem superiores. Nesse sentido Horizon não se destaca. Poderíamos usar a desculpa de ser um RPG de mundo aberto, mas a geografia de Horizon não é tão ampla assim. As palavras de ordem são downgrade e vertical slice. Tudo que vimos mais inicialmente certamente de uma fatia vertical foi "downgradado" obviamente na versão final. Aloy interage com a folhagem de forma dura como snake fazia a duas gerações atrás. E diversos terrenos onde tem neve o jogo simplesmente mantém um gráfico duro de neve, sem qualquer interação física enquanto a protagonista esta afundada até os joelhos nessa neve!
Isso é muito feio e estranho pra um jogo tão moderno. Porém o estilo artístico do jogo salva. Pode não ser o jogo com melhor gráfico, mas certamente tem um estilo singular e belo. As características físicas dos personagens e NPCs é variada e interessante. Os olhos estão especialmente expressivos, principalmente na protagonista que tem um desenho de rosto bem diferente do que estamos acostumados como obviamente belo. Ela não é sexualizada, e achei interessante como fizeram ela de uma forma, com um olhar muito “compaixonado”. Isso sem nem entrarmos ainda no mérito das maquinas e armaduras que dão um show  à parte, assim como os cenários. 


Os elementos mais “ditos” como de RPG, são as opções de diálogo que são muito básicas e poucas. Os NPCs se repetindo fervorosamente pelo mapa até que você interaja com eles, falas pré-programadas usadas em momentos errados, tudo isso serve para matar a imersão! Nada convence bem. Por exemplo, quando montei a primeira vez um robô, o tutorial apareceu e eu estava em meio a um combate, então não li, ao terminar o combate, montada Aloy diz “uau! Que velocidade tem esse strider!” e eu estava andando lentamente com ele, não correndo! Pois não havia aprendido o comando de correr por conta da situação de combate. Mas o jogo não se ligou que eu não estou correndo, ela estava programada pra falar em velocidade após subir no bicho. Enfim. NPCs de quests já terminadas continuam jogados no chão no mesmo lugar que você os deixou, e repetem a mesma última fala que você falou com eles, mesmo depois de dias! Sem falar que o jogo parece meio curto. Poucas side quests espalhadas por aí.

 
É sério, temos probleminhas aqui de uma forma como eu não via a muito tempo! Como um jogo com tantas qualidades pode ter problemas tão "antiquados"? Enfim o jogo está sendo vendido como a última maravilha e na verdade é apenas um jogo bom, cheio de problemas. Mas vendo pelo lado bom, apesar das interações ruins com NPCs, principalmente das side quests, a história principal é interessante o suficiente, embora a forma como é entregue é um pouco fraca em termos narrativos. Aloy é uma pessoa daquele mundo mas com percepções como as nossas. Ela sabe identificar, desmistificar e utilizar tecnologia de uma forma que ninguém naquele mundo sabe.




A força do jogo está mesmo no seu combate contra as terríveis maquinas gigantes, que é realmente divertido. Correr, pular, deslizar, navegar pelo mundo, dentro ou fora do combate, é fácil e prazeroso. E quanto mais eu jogo mais eu curto. Descobrir novos inimigos, novas maneiras de derrota-los. É muito interessante a progressão. A primeira vez que você enfrenta algo, gasta uma dúzia de diversas munições e armadilhas. Depois quando se pega o jeito, dois ou três tiros do tipo certo de munição e pronto, acabou a luta! A variedade das munições é bem interessante, porem fiquei um pouco incomodado com o fato de você precisar de arcos específicos e não poder ter acesso a todos os tipos de flecha em um arco só. Com apenas 4 slots de troca rápida de arma, num jogo que, tem 5 tipos diferentes de armas, ou seja, você já não pode equipar todas, e ainda te dão essa separação de armas por tipos de munição. Equipo dois arcos para ter acesso a 6 tipos de munições diferentes e perco a arma de cordas pra prender os inimigos? Tudo bem, é um nível a mais na estratégia, mas é chato também quando você passa o jogo evoluindo sua aljava pra descobrir que quando você compra outro arco, precisa upgradar outra aljava! Como assim!? Que jeito barato de deixar os jogadores sempre precisando coletar mais pra craftar mais. No início estava de boa, mas agora começo a ficar querendo economizar flechas de tipos específicos que andam muito caras e não dá pra craftar sempre. E estupidamente me livrei do meu arco antigo. Mas enfim, esse foi um problema meu. 

 
Por fim, mesmo com todos os pequenos problemas ainda é um jogo com uma ambientação muito original e ao mesmo tempo familiar. Certamente estamos vendo o nascimento de uma franquia e tanto que tem um puta potencial. Estou me divertindo pra cacete e não posso deixar de recomendar pra qualquer pessoa que fique excitada com a menção de "dinossauros robôs"!

Fim de Ano em Review



Esse fim de ano dei uma parada na escrita mas peguei firme nos jogos! Um ano inteiro praticamente sem jogar, tendo jogado só o Division mais no início do ano e um pouco de Overwatch com os amigos, mas não foi muito a minha praia. Eis que chega a temporada de descontos que esperei ansiosamente. Comprei diversos indies e alguns jogos grandes. Titan Souls, Hyper Light Drifter e Jotun são basicamente o mesmo tipo de jogo. Um tipo que eu vinha sentindo saudade a muito tempo e os jogos grandes não tem sido mais assim. Então esses indies realmente vieram pra suprir e saciar uma necessidade básica. Cada um tem seus méritos, devido a estilo, jogabilidade ou mecânicas de jogo. Nenhum deles é “qualquer coisa”. Muito feliz com todos eles. 
 

Titan Souls terminei com direito ao chefe secreto, ainda estou me preparando pra jogar no hard. Hyper Light Drifter to curtindo bastante, mas dei uma leve empacada no excesso de esqueminhas diferentes pra abrir portas e backtracking, mas continua bom o jogo. Jotun apenas comecei a pouco, passei um primeiro chefe e comecei a explorar outras fases. Realmente satisfeito com essas aquisições.



No fronte dos jogos maiores tive a oportunidade de pegar com desconto o Rise of Tomb Raider e finalmente dei o braço a torcer e comprei Destiny, o jogo completo. Tomb Raider é lindo demais! Realmente não tá deixando a desejar quando comparado ao Uncharted. Gráfico e principalmente a quantidade e complexidade de animações da protagonista. Lara é linda, fluida, delicada, todos os mínimos detalhes feitos com perfeição. Infelizmente atirar em terceira pessoa com armas de fogo é um pouco “clunky” nesse jogo, mas acho que talvez seja intencional, já que não é pra ela ser um soldado treinado. Ainda não terminei o jogo, começo a ficar um pouco entediado, muito mais com a narrativa e história do que com gameplay. O primeiro jogo foi bom em termo de história, mas o segundo não está me prendendo. A premissa da busca do pai dela pela imortalidade me soa familiar demais a um filme merda que adaptou os jogos antigos da série pro cinema. Sei que é um dos pilares da personagem, mas não ta dando pra engolir bem.
 
Agora com a onda dos diversos FPSs bons saindo, mesmo não sendo apreciador do gênero, tive que dar o braço a torcer. Titanfall 2 ainda é o melhor shooter que já joguei em termos de jogabilidade e mobilidade. Porém nenhum dos amigos próximos se interessou muito, daí acabei indo no Destiny. Dei uma chance. Sempre curti o visual do jogo, os designs, as armas, tudo. Também apreciava o fato de que, de vez em quando, o jogo ficava em terceira pessoa, dependendo de habilidades ou equipamentos equipados. Como TODO MUNDO tinha Destiny, eu sabia que teria com quem jogar. Realmente não me arrependi! Excelente jogo, excelente loot shooter. Proporcionou muita diversão. Me inteirei da história e do mundo, e agora estou pronto para o segundo que sai esse ano! Dessa vez pegarei o Hype Train logo na partida pra não pegar só o fim de festa como aconteceu com o primeiro.


 
Bom agora preciso ir, pois o ano já está começando forte! For Honor! Cara que jogo! A quanto tempo eu desejo um jogo assim achando que nunca existiria. E no mesmo mês Horizon: Zero Dawn está entre nós! Também um conceito muito único, que pretendo explorar o quanto antes. Em breve falarei mais a fundo sobre estes. Agora deixa eu voltar pro grind do For HONOOOOORR!!!